Querido diário,
Esses dias estava a pensar sobre vida após a morte, será que realmente existe? Sou um pouco agnóstica, nem creio e nem descreio.
Hoje percebi que essa minha interação com músicas dos anos 80 é, provavelmente, culpa de minha tia, que atualmente mora nos EUA. Quando eu era muito pequenina, entre meus 5 e 6 anos de idade, minha tia ouvia muita rádio durante as manhãs. Papai já havia falecido nessa época. Quando todas nós acordávamos, e acordávamos todas juntas, eu, mamãe e titia Cida, minha tia ouvia essas músicas dos anos 80, e como conseqüência eu também ouvia. Era muito frio durante a manhã, provavelmente às seis horas da manhã, depois eu era levada para a escolinha.
Atualmente ao escutar essas músicas antigas tenho uma sensação tão boa, mas não tenho a memória dessas sensações. Apenas as sensações restam. Principalmente com a música Lonely Is the Night.
Como sinto falta desses momentos. Como são importantes. Como minha tia a tanto distante pode trazer tamanha saudade. Como se fosse uma irmã, ou como uma mãe.
O
tempo é o eco de um machado dentro de um bosque.
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PHILIP LARKIN
Hoje viajei com mammy para Petrópolis – RJ, de Van, e com um grupo de pessoas, um tanto quanto desconhecidas para mim, foi ideia de mammy.
Pensei que íamos para conhecer a cidade e seus pontos turísticos, mas descobri no meio do caminho, que estávamos indo fazer compras. Comprei um lenço de caveirinha e três camisas indianas, uma das camisas tem desenhos de elefantes. São lindíssimas. Almoçamos em um restaurante self-service, mas não gostei muito, a comida estava um tanto quanto fria, e eu gosto de comidas bemmm quentes. Compramos camisas para meu vovô e minha vovó. Não acho que foram gastos desnecessários, porque roupa é sempre importante.
Chegando em casa fui ler o manga número um: Berserk. Parei no capítulo 236. Comi um pacotinho de passas. Estavam ótimas.
Com carinho,
Júlia